quinta-feira, 13 de agosto de 2015


Filtro Dos Sonhos

O Filtro dos Sonhos é um objeto indígena e, como a maior parte dos amuletos, simboliza a proteção.

A sua origem remete ao povo indígena da América do Norte, os Ojibwa ou Chippewa, para o qual a tarefa mais importante na vida de um homem era aprender a decifrar sonhos - reflexos do nosso inconsciente. 

Existem diversas lendas nativas americanas quanto ao surgimento do Filtro dos Sonhos, também conhecido como Teia dos Sonhos, Apanhador ou Caçador de Sonhos, Espanta Pesadelos, Catasonhos ou Dream Catcher, em inglês.

O Filtro dos Sonhos são teias de caçar sonhos, uma espécie de mandala de cura ou amuleto de proteção.

Para o seu correto funcionamento, o objeto deve ser pendurado num local onde o sol bata ou sobre as camas. Isso porque, estando no ar, consegue apanhar os sonhos maus e prendê-los até ao nascer do sol, sendo destruídos pela luz do sol na manhã seguinte. Os bons sonhos, por sua vez, chegam às pessoas porque podem passar pelo filtro.



Infinito

O símbolo do infinito representa a eternidade, o sagrado, a divindade, a evolução, o amor e o equilíbrio entre o físico e o espiritual.

O desenho do infinito é representado por um oito deitado. Ou seja, uma curva geométrica com um traço contínuo simbolizando em sua forma a inexistência do início e do fim, ou até mesmo do nascimento e da morte.

Do latim infinítu, significa principalmente, as coisas que não tem limites, que são incontáveis, imensuráveis. Ou seja, infinito é o símbolo que representa aquilo que não tem começo e nem fim.

Essa imagem é conhecida desde a Antiguidade encontrada nos desenhos celtas. Na mitologia grega, aparece no cetro (caduceu) de Hermes representando a relação existente entre deuses e humanos e também na lenda de Ouroboros, a serpente que engole sua própria cauda.

Muitas culturas também utilizam esse símbolo como representação da união do físico e do espiritual, da morte e do nascimento, bem como da evolução espiritual uma vez que seu ponto central significa um portal entre os dois mundos e o equilíbrio dinâmico e perfeito dos corpos e dos espíritos. No cristianismo, representa Jesus Cristo sendo portanto, um símbolo de amor eterno.

Muitas teorias identificam seu surgimento com o uso numérico e, por isso, também encontramos o nome de "Lemniscata", do latim lemniscus utilizado na matemática para indicar a curva matemática, e na física a onda plana, a quantidade sem fim. Introduzido pelo matemático britânico John Wallis (1616-1703) em meados do século XVII, acreditam que esse símbolo surge como uma variante da letra grega ômega.

No tarô, a Lemniscata aparece em duas cartas: na carta 1, o Mago, que tem o símbolo do infinito representada em sua cabeça simbolizando, dessa forma, as inúmeras possibilidades e o início de algo novo; e na carta 11, a Força, no qual o símbolo do infinito está na mulher que força a abertura da boca do Leão, simbolizando a espiritualidade, o ritmo, a respiração, a circulação bem como o equilíbrio entre os planos espiritual e físico.

Lua

A lua simboliza os ritmos biológicos, e as fases da vida, pois a lua passa regularmente por um "ciclo e vida", é um astro que cresce, diminui, desaparece e cresce novamente. A lua está submetida a lei universal do devir, do nascimento e da morte. No entanto, a morte da lua nunca é definitiva, ela sempre morre e renasce, vive um eterno retorno. 

A lua simboliza o tempo que passa, o controle do tempo, o tempo vivo para qual ela serve como medida, devido à regularidade de suas fases. A lua é o símbolo dos valores noturnos, do sonho e do inconsciente.

O simbolismo da lua está correlacionado ao simbolismo do sol. As suas características mais fundamentais são o fato da lua aparecer como um reflexo do sol, pois não possui luz própria, e por atravessar diferentes fases, mudando a sua aparência. A lua rege as renovações cósmicas e terrenas. 

A periodicidade das fases da lua faz com que ela seja o astro dos ritmos da vida. É a lua que controla todos os elementos que são também regidos pela lei do devir, como as chuvas, a vegetação, a fertilidade, etc. A lua é passiva, receptiva, é fonte e símbolo de fecundidade. 

A lua é para o homem o símbolo da passagem da vida para a morte, e vice-versa. Para muitos povos primitivos, a lua é um lugar de passagem. A lua é a guia das noites, é um símbolo de conhecimento progressivo, evoca a luz nas trevas da tenebrosa escuridão da noite. Em relação ao sol, que é fogo e ar, a lua é água e terra, é frio, norte e inverno.

A lua simboliza um princípio passivo e fecundo, a noite, o frio, a umidade, o subconsciente, o sonho, o psiquismo, e tudo que é instável e transitório. 

Em algumas culturas, a lua é considerada uma divindade masculinas, mas para outras é feminina, assim como algumas assumem um parentesco entre lua e sol, e outras não.



Pentagrama

O pentagrama é o símbolo da união e da síntese, na medida em que o número dos dedos de uma extremidade corresponde ao número dos nossos sentidos.

O pentagrama tem sido associado, desde muito tempo, ao mistério e à magia. Esse símbolo é, sem dúvida, o mais reconhecido por todos os seguidores do paganismo sendo tão antigo que sua origem é desconhecida. No geral, o pentagrama tem sido utilizado em todas as épocas como talismã.

Dessa maneira, na antiga Mesopotâmia, esse símbolo representava o poder imperial; já para os Pitagóricos, simbolizava a saúde e o conhecimento. Entre os egípcios, o pentagrama possuía relação com as pirâmides, uma vez que representava o útero da Terra.

Na cultura dos Hebreus, o pentagrama representava a verdade e os cinco livros “Pentateuco” (cinco rolos), que tem para os Judeus o nome de Torá: a "lei escrita" revelada por Deus. Não obstante, na Idade Média, esse símbolo representava era o a verdade e a proteção contra os demônios ou maus espíritos. Note que, para os medievais adeptos do cristianismo, o pentagrama era atribuído aos cinco estigmas de Cristo. Por fim, para os Druidas, simbolizava o divino, mais precisamente, a cabeça de Deus; para os Celtas, representava a divindade Morrigham, deusa do Amor e a da Guerra.

Na numerologia, o pentagrama corresponde à soma dos elementos: dois (feminino) e três (masculino). Nesse ínterim, para as correntes esotéricas, o pentagrama é formado por cinco extremidades cercadas por um círculo que representam os cinco elementos: a terra, o ar, o fogo, a água e o espírito.

Para os chineses, o pentagrama representa o ciclo da destruição, a base filosófica da medicina tradicional chinesa. Nesse caso, cada extremidade do pentagrama simboliza um elemento: Terra, Água, Fogo, Madeira e Metal. Cada elemento é gerado pelo outro, por exemplo, a Madeira é gerada pela Terra, o que dará origem a um ciclo de criação. Assim, para que haja o equilíbrio, faz-se necessário a presença de um elemento inibidor, que nesse caso, torna-se seu oposto, ou seja, a Água que inibe o fogo.

Ademais, o Pentagrama aparece na pintura de Leonardo da Vinci (1452-1519), o “Homem de Vitruvio”, que surge dentre de um círculo, demostrando, dessa maneira, o ciclo de todas as coisas. Note que, quando o pentagrama é desenhado dentro de um círculo, sua função é unir todos os aspectos do homem.

Por fim, o pentagrama também pode simbolizar o Microcosmo, na medida em que representa o símbolo do "Homem de Pitágoras", figurado de braços e pernas abertas, ou seja, disposto em cinco partes em forma de cruz (O Homem Individual). A mesma representação simboliza também o Macrocosmo, o Homem Universal, um símbolo de ordem e perfeição, a Verdade Divina.

Pássaros

 pássaro simboliza a inteligência, a sabedoria, a leveza, o divino, a alma, a liberdade, a amizade. Por possuírem asas e o poder de voar, em muitas culturas são considerados mensageiros entre o céu e a terra. O pássaro, opõe-se à serpente, como o símbolo do mundo celeste ao mundo terrestre. 

Na cultura islâmica os pássaros representam o símbolos dos anjos uma vez os anjos possuem asas e podem chegar aos céus, enquanto que para os celtas simbolizam os mensageiros dos deuses; são eles os auxiliares dos deuses, considerados, portanto, símbolos da liberdade divina.

Interessante notar que, os ninhos dos pássaros são muitas vezes comparados ao paraíso, o refúgio escondido e inacessível, a morada suprema. No alcorão, o pássaro é visto como o símbolo da imortalidade da alma por meio de seu papel mediador entre o céu e aterra. 

Na China, por sua vez, o pássaro é a representação do órgão genital masculino.

Os pássaros representam, ainda, a alma das crianças e os pássaros noturnos representam as almas do outro mundo, assim são mensageiros de más notícias.

Os pássaros voando simbolizam a liberdade, a independência, em nítida oposição ao pássaro na gaiola.

Em tatuagens, é muito comum ver uma imagem de pássaros a voar. Geralmente são tatuagens delicadas usadas por mulheres e que muitas das vezes são compostas por uma gaiola aberta.


Tridente

O tridente é um objeto de três pontas, considerado um símbolo solar e mágico, que simboliza o poder, a força, o universo; foi muito utilizado por gladiadores na antiguidade.

Divindades do mar, deuses das águas subterrâneas e submarinas, na mitologia Netuno (romano) e Poseidon (Grego), carregavam um tridente ou um arpão de três pontas e com esse instrumento, capturavam as almas de seus inimigos. Além disso, o tridente representava uma arma de guerra, posto que quando fincado na terra, possuía o poder de instituir mares calmos ou agitados e, por isso, nesse caso, o tridente simbolizava também a inconstância.

Emblema do Deus supremo do Hinduísmo, na Índia, o tridente chamado de “Trishula”, que representa a força e a união, é o objeto carregado por Shiva, Deus da energia criativa, da transformação e da destruição. Com efeito, o trishula (tridente), símbolo solar, representa na figura de Shiva, os raios e seus três papéis, ou seja, o destruidor, o criador e o preservador; e ainda, pode representar as tríades: inércia, movimento, equilíbrio ou passado, presente e futuro. Da mesma maneira, outra divindade hindu é figurada com um tridente nas mãos, ou seja, o antigo deus hindu do fogo, Agni, montado em seu carneiro.

Exu, o orixá mensageiro africano da comunicação e do movimento, carrega um tridente, que simboliza o poder, a força e os mistérios. Assim, as três pontas do tridente buscam a evolução espiritual por meio da sabedoria e do equilíbrio, posto que os Exu's o utilizam a fim de trazer a luz e ademais, dominar os espíritos perdidos. Vale destacar, que nesse contexto, o tridente representa os quatro elementos primordiais: a água, o fogo, o ar (três pontas voltadas para cima) a terra (ponta central voltada para baixo) e, por isso, trata-se de um símbolo da união, do universo, da totalidade.

O símbolo da Psicologia é representado por um tridente o qual representa a vigésima terceira letra do alfabeto grego denominada “Psi”. Além disso, no aspecto simbólico, o tridente carrega as forças do inconsciente que, segundo Sigmund Freud (1856-1939), representam a tríade das forças: id (inconsciente), ego (pré consciente) e super ego (consciente). Além disso, cada ponta do tridente, pode representar o tripé das correntes psicológicas, o comportamentalismo, a psicanálise e o humanismo; e, ainda as três pulsões humanas: a sexualidade, a espiritualidade e auto conservação (alimentação).



 

Fênix

A Fênix é uma ave mítica, símbolo universal da morte e do renascimento, bem como do fogo, do sol, da vida, da renovação, da ressurreição, da imortalidade, da longevidade, da divindade e da invencibilidade.

De origem Etíope, a Fênix é retratada por uma ave sagrada que se ergue das chamas visto que possui a capacidade de renascer de suas próprias cinzas depois de ser consumida pelo fogo.

Não obstante, perto do momento de sua morte, ela prepara um ninho com ramos perfumados onde se consome no próprio calor, porém, antes de ser consumida totalmente pelas chamas, põem seus ovos nas cinzas. 

Para os gregos, a ave de fogo vivia durante muito tempo além de possuir uma força imensa, o que corrobora sua simbologia da longevidade e da força.

Para os egípcios, a Fênix é o símbolo das revoluções solares e, por isso, está associada à cidade de Heliópolis, palavra que do grego significa "a cidade do sol". Ademais ela está intimamente ligada ao ciclo cotidiano do sol bem como das cheias do Rio Nilo, simbolizando a renovação e a vida.

Embora, inicialmente, o mito dessa bela ave - cuja cauda tem bonitas penas vermelhas e douradas - tivesse surgido com o objetivo de explicar a natureza cíclica do nascer e do pôr do sol, depois de algum tempo, passou a ser um emblema de ressurreição.

Na Idade Média, os cristão a consideraram uma ave sagrada, símbolo da ressurreição de Cristo, bem como do triunfo da vida sobre a morte.

Interessante notar que a figura de Fênix aparece em muitas culturas antigas, todavia, seu significado e simbologia originais são preservados, de modo que nas culturas egípcia, grega e chinesa, a Fênix conserva seu significado de ave lendária magnífica e fabulosa bem como seu simbolismo de pássaro da ressurreição. 

Vale lembrar que na China, seu significado se estendeu, de maneira que a Fênix macho - símbolo da felicidade - simultaneamente com a Fênix fêmea - emblema da rainha, em oposição ao dragão imperial - representam a união e a felicidade conjugal.

No processo químico, a Fênix é utilizada para representar a sua finalização, ou seja, o produto final.